quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Insight: 3 meses de estrada

Três meses de estrada. meses de estrada. Nenhuma garrafa de água comprada, só tomando água de torneira. E nenhuma diarreia.
Obrigado

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Família na estrada


Esse aqui é o meu primeiro post após entrar no Uruguai. Normalmente eu falaria sobre as diferencias culturais, cambiais, gastronômicas e futebol como normalmente se fala.



Poucos falam sobre as pessoas, e eu dependo muito delas na minha viagem. E acho que é um dos bens mais importantes que eu tenho acumulado. São como um pedaço de família que tenho deixado na estrada.

O Uruguai já começou com uma grande diferença do Brasil. Logo após cruzar a fronteira, fui almoçar e uma família grande uruguaia almoçando no mesmo restaurante veio me prestigiar e pedir para tirar foto comigo e a bicicleta. Eram umas 8 pessoas. Tiraram todos juntos e tiraram cada um comigo e a bicicleta, foram uns 20 minutos conversando, tirando foto, fazendo fila e eles brigando pra quem tirar mais fotos. Um garotinho brasileiro que estava almoçando com a família ao meu lado me perguntou: "moço, você é famoso??" Imaginem....

Já na Barra del Chuy, eu conheci um casal de amigos, ele Dario e ela Nelza, seguindo uma indicação de uma amiga muito gente boa que eu conheci na estrada a cerca de 1000km atrás, a Maryella da Graxaim Ecoturismo. A Nelza estava de férias visitando os familiares no Brasil então que me hospedou foi o Dario, seu marido.


Dario é daqueles que anda com carrinho de mão, para conseguir levar consigo o seu coração, de tão grande que é.

O mate nosso na praia de toda manhã


Além de me receber em sua casa de portas abertas, pegou o carro e me levou para conhecer a Barra del Chuy, o Forte San Miguel e ainda solucionou meu problema de saque de dinheiro. Eu tenho milhares de cartões, global travel e NAAAADA de conseguir sacar dinheiro. Ele me levou ao banco da república uruguaia e conversamos com o gerente seu amigo (o cara conhece todo mundo!!!) e voi-là!! Problema resolvido!!


Fortaleza de San Miguel






Aqui é uma zona de fronteira, então existem muitos costumes brasileiros do lado de cá. Mas mesmo assim o Dario me aplicou várias tradições gastronômicas:

  • Dulce
  • Torta Frita
  • Donas Fritas
  • Chivitos
  • Guiso de Fideos Monitas
  • Chuleta e Fideos com Tuco
  • Bife a Milanesa com Papas Fritas e ensalada
  • Hielados
  • Galleta com grasa
  • Biscoto com rellenos de panederia
  • E claro, o mate uruguaio
Fomos comer um Chivito e ainda de quebra estava rolando um show gratuito de uma banda Uruguaia muito famosa chamada Trotsky Vengarán.


 
El Chivito!

Guiso de Fideos Monitas: cortesia de Lourdes e Heriberto, amigos incríveis

Tortas Fritas con Dona




Hoje de despedida Dario e os amigos farão um Assado de Tira a la brasa com papas gratinadas al provolone para celebrarmos!

Dario, Javier e Lucy e eu assistindo batendo um papo








Final do Brasil

Aqui vão algumas fotos e agradecimentos que eu não posso deixar!!


A galera do Pedal de Rio Grande, Marcos, Thaize, Nando e todos!!


A turma que se mobilizou num pedal de despedida quando parti



Zé e Ana que acolheram super bem na praia do Cassino


Centrinho do Cassino-RS. Todo mundo tomando o seu Chimarrão




Entrada da reserva do Taim

Reserva do Taim

Pietro, suíço que estava vindo de um rolé grande: http://velopirat.wordpress.com


Mais um por do sol "em casa"

Sorvete de 1L. Sempre levo um saco de ovomaltine para comer com os sorvetes de beira de estrada

Ignácio! Uruguaio gente boa que estava subindo até Floripa



domingo, 6 de janeiro de 2013

Janeiro

Não to muito inspirado para escrever. Mas to com uma oportunidade de pegar um modem 3G emprestado e tenho que manter contato. Então lá vai!

Saí de Torres Sul-RS (fronteira SC/RS) no dia 24 e segui rumando sul por uma estradinha chamada interpraias que liga praticamente todo o norte do litoral gaúcho. Nas cidades seguintes: Capão da Canoa e Cidreira, fiquei no quartel de Bombeiros e no dia 24 em Capão, eu fiz uma ceia com a guarnição que estava lá. Todos me receberam super bem, um clima muito bom. Depois fui debaixo de chuva até Capivari do Sul. Onde finalmente era minha última chance de escolher se seguiria sul por dentro ou por fora da Lagoa dos Patos.
túnel verde chegando em Capivari do Sul


Continuei como imaginado: por fora, beirando o mar. Numa área que muitos diziam: "Mas Bah! Não vá por lá, não tem naaaada tchê!". Mal sabiam que era isso que eu queria. São mais de 300 km com somente 3 micro cidades.

Na primeira noite eu dormi, ou melhor, não dormi. Fiquei cuidando de um gatinho recém nascido que estava perdido. Minha suspeita era que ele tinha sido abandonado na estrada para morrer. Fiquei horas sem saber o que fazer. Se o levava comigo ou se arrumava outra solução. Ele chorava toda vez que eu me afastava dele. Não consegui sair no dia seguinte porque não conseguia o abandoná-lo.
onde ele dormiu comigo

Até que um senhor me viu com o gatinho (em um encontro inusitado na BR) e ficou feliz em ter encontrado o seu gatinho perdido. Foi um alívio.

o gatinho com o dono


Segui em baixo de muito sol até Mostardas. Fiz o trajeto em dois dias. Cheguei no dia 30 em Mostardas e decidi ficar em um Camping e descansar no ano novo. Pois o próximo trecho seria um dos mais difíceis: Muito vento contra e naaaada além de pinheiro no caminho.


Vou ser sincero. Tava contente em saber que iria passar o ano novo tranquilo, na minha. Mas a outra galera que tava no camping era muito atravessada. Tipo tarja preta com remédio em falta. Sério. Um dia conto pessoalmente qual foi dessa galera.

Até que no dia 31 me aparecem dois Cicloturistas de Curitiba!!! E mais!! Ela é a Jéssica e ele é o Damasceno. Um cara que eu ja troquei uma pá de email sobre trajetos de bike mas nunca tinha o visto pessoalmente. Muita coincidência.

Damasceno e Jéssica curtindo a única imitação válida de Nutella

Primeiro Por do Sol do ano


Saímos juntos no dia 2 e eles foram ganhando distância de mim e eu não os acompanhei mais. Foi muito bom os dias de ano novo que passamos. Casal alto nível.

Fiquei em um vilarejo em Bojuru e no dia seguinte ja toquei sentido São José do Norte. Nesses dois ultimos dias, o vento estava heavy metal e foi f**da pedalar.


CHeguei no final da tarde em São José do Norte e já atravessei pela balsa para Rio Grande.
atravessando de balsa


Em Rio Grande eu trombei em uma bicicletaria muito boa chamda Lumbras Bike e conheci o Marcos e o Nando. O Marcos é o Lumbra, dono da bicicletaria e o Nando é um amigo dele. Os dois viraram grandes colegas. Conhecem bem o trecho até o Chui e me deram várias dicas. Mais tarde eu conheci a esposa do Marcos que me passou umas dicas incríveis de todo o percurso por dentro do Uruguai.
Lumbras Bike em Rio Grande, Muito parceria!


Mais uma vez fui acolhido pelos amigos Bombeiros que como sempre são uma família na estrada.

turma muito gente boa!


Dei várias voltas pela Cidade, conheci o Super Porto, Museu Oceanográfico, Mega Estaleiros, Dique Seco, Molhes de entrada do Porto e a parte histórica da cidade.
molhes da barra. Barreira de contenção necessária para tornar o porto acessível a navios


Dique Seco com plataforma em manutenção


Comecei a perceber um barulho no meu movimento central há alguns quilômetros desmontei o pé de vela e vi que o meu movimento central estava prestes a dar perda total. Fui na Lumbras Bike e com a ajuda do Marcos a gente trocou por um novo.

Amanhã eu pretendo partir sentido praia do Cassino e quem sabe de lá, continuar a viagem. Vamos ver como estará por lá.

Espero não ter esquecido nada e de ninguém!

Ah! Fui entrevistado! Vamos ver quando aparece!

Grande abraço e curtam as fotos!


PArque eólico de Tramandaí

Turma muito bacana que me gritou para tomar uma gelada!

Pessoal que conheci na praia de Atlântida em Xangri-lá

espetáculo de raios do dia 31

paradoro de Cidreira


Manuela, seu gatinho e sua bicicleta rosa. Fez questão de me mostrar o gatinho e a bicicleta depois de ver a minha


minha suíte de ano novo

Seu Zé Carlos tirando umas dúvidas da minha bike

Maisson e Dona Angela, me chamou na rodovia e fritou um pastel para mim. Super humilde

ùltima placa da BR 101

Foi um alívio ver essa manifestação depois de ter parado de contar no número 90 (quando ainda estava em Santa Catarina) de animais mortos. E nessa região, o número de Graxains e outros animais silvestres eram enormes!