sábado, 22 de dezembro de 2012

To na área! (Tchê!!)

Local de postagem - Arroio do Sal (10km de Torres - RS)


Cruzei a minha primeira fronteira estadual.

Sim, estou a cerca de 3 semanas sem postar algo aqui. Então vou resumir em duas linhas o que rolou neste quase um mês.

1-Fiquei duas semanas parado;
2-Cruzei a fronteira entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Saí de Urussanga eu segui até Araranguá, no caminho eu passei em um restaurante em Içara chamado Maristela e ganhei um almoço de rei.

O banquete (esq.). Fachada do restaurante (dir.).

Já em Araranguá, onde eu reencontrei um grande amigo e conheci a sua queridíssima esposa Thaís Wachholz que me receberam super bem. Inclusive me receberam de uma forma tão especial, que eu até deixei a bicicleta lá e fui abduzido.

Em abdução =)

Duas semanas depois eu voltei da abdução para Araranguá e parti sentido o Rio Grande do Sul. Como estava muito tempo fora de forma, fiz em duas etapas. Entre Araranguá e Torres-RS, eu parei em um vilarejo perto de Sombrio-SC. Lá quando eu fui pedir informação em um posto de gasolina, estava um calor infernal! E o tempo estava começando a virar, e virou! Uma sequencia de rajadas de vento destruiu a cobertura do posto onde eu ia pedir a informação.


Resultado de uma sequencia de rajadas de vento, testemunhei tudo.

Pernoitei no pequeno vilarejo atrás de uma igreja e no dia seguinte eu segui sentido a Torres para encontrar um amigo mociclista viajante também que conheci em Orleans-SC.

Divisa SC/RS

Ele havia dito que se caso eu passasse na região, para eu avisá-lo e aqui estou. Também muito bem recebido, e pegando várias dicas das viagens que ele ja fez.

Humberto cuidando dos cachorros da rua dando comida,
acompanhando ferimentos e os protegendo

Agora eu me preparo pra sair daqui no dia 24 e seguir sentido a Tramandaí, Osório, Lagoa dos Patos e etc...

Logo! vou passar o natal na estrada e acho que não vou conseguir falar com nenhum de vocês nos próximos dias. Então deixo aqui a todos vocês meus votos de feliz natal!



Um breve agradecimento a:

Toda a guarnição dos Bombeiros de Urussanga-SC. Em especial o Baptista e o Rafael!
Restaurante Maristela (Dinarte)
Daniel e Thaís (pelo todo o carinho)
Casaugusto e Alex Coelho pelo help!
Sarah (Vielen Danke meine Lieber!)
Humberto pelas dicas e hospedagem

618km rodados no odômetro

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

domingo, 2 de dezembro de 2012

Baptismo de Fogo


Local de postagem: Urussanga – SC (aprox. 40Kms de Criciúma)

Eu sempre bato papo com a minha mãe pelo celular. A bateria do dele não dura muito quando eu to usando a internet. Eu tenho que desligar o celular várias vezes durante o dia para economizar e ainda sou um caça tomadas. Para você ter ideia, aquela bolsa que fica no quidão da minha bicicleta contém as coisas que uso com mais frequência, mapa, carteira, celular e até o carregador fica nela. As vezes eu conto um pouco do meu dia pra minha mãe pelo whatsapp [+55(41)8523-6296] quando eu tenho tempo. Me passou agora se eu postasse tudo o que eu digo pra ela, aqui no blog. E me paraceu uma boa ideia.

Senta que la vem a história...


Bom, estava em Urubici e pretendia seguir sentido São Joaquim. Mas procurei me informar das possibilidades que eu tinha, além de São Joaquim eu descobri a Serra Corvo Branco. Essa serra, inteira não-pavimentada, tem seu início à uns 1700 metros de altura (se não me engano, de memória) entre Urubici e Grão Pará, ambas em Santa Catarina. Essa serra liga a região serrana de Santa Catarina ao litoral. Seu começo (no ponto mais alto) foi talhado em uma pedra, por um homem chamado Pedro Kunhen que posteriormente foi homenageado, assim, a estrada se chama Pedro Kunhen. Literalmente um rasgo de 90 metros na rocha (também, de memória), é o maior corte vertical entre dois paredões feito em uma rocha no país, e os caras na época fizeram na raça e no lombo do jegue!!!!  Logo em cima do Aquífero do Guarani. Existe inclusive um fenômeno de cada lado destes paredões se colorem de formas opostas devido a umidade do aquífero. Ao mesmo tempo, você sente a brisa do mar que está bem longe se colidindo com o primeiro desfiladeiro da serra. Eu tinha até uma foto da placa do memorial que há lá em cima, dentre outras.

Então decidi subir e descer esta Serra do Corvo Branco. Subi de Urubici até o topo da Serra, num chão muito solto de terra e cascalho sobre um sol escaldante (estava a muitos dias sem chover), com pouca água e com um monte de marimbondo pousando em mim toda a vez que eu parava na sombra durante a subida. Eu amarrei um lenço no meu rosto e molhava constantemente por causa da poeira.

Lá em cima, curti o visual e curti o local onde o vento do litoral se choca com a serra. (por acaso, você pesquisou sobre o fenômeno que eu falei?? Caso, não, o que está esperando???). Volta e meia alguém parava por lá também. Inclusive parou um casal e eles tiraram uma foto minha com a bicicleta na câmera deles. Queria encontrá-los para pegar o único registro que eu tenho daquela lugar.

Fiz a decida, que é fenomenal. Mas como eu estou com muita carga, a estrada não é pavimentada e está muito esburacada com muita pedra solta, foi muito perigoso e eu tive que segurar muito no freio. Houve uma hora que eu parei para encher minhas garrafas em uma nascente e senti o cheiro das pastilhas de freio queimadas de tanto frear. Para ser bem sincero, no quesito curtir descida, eu fiquei mais na psicose da trepidação com meus alforges do que curti a descida propriamente dita. Eu parava sempre que uma daquelas curvas cinematográfica me davam uma boa vista e tirava uma foto. Até que notei que estava parando demais e já estava ficando escuro.

No pé da serra, saí no distrito de Aiurê, que pertence a cidade seguinte: Grão Pará. Tudo chão batido, lugarzinho micro, muito simples. Como sempre, em todo mercadinho eu dou uma parada, encho minha garrafinha, aproveito para repor algo que está em falta no meu estoque e, claro, sou metralhado de olhares. Sinto uma salada de olhares, uns me olham como um extra terrestre, outros como alguém pagando promessa, alguns me olham como um inspetor bugiganga e tem gente que me acha um Amir Klynk; É sempre assim. Segui a viagem e quando a noite já estava começando a cair, passei na frente de um lugar que tinha uma placa de informações e parei pra pedir um quintal para armar minha comunidade e brincar de casinha. Norma, que me atendeu, foi muito simpática, me apresntou seu marido e eu logo logo reparei que eu tava em um engenho de cana. Era um lugar turístico, onde podia até comprar e degustar açúcar, cachaça e licores de cana produzidos no próprio engenho. Perguntei o nome do engenho, e para meu espanto:

-Engenho Pedro Kuhnen – disse Norma

Até então eu não sabia que esse era o nome da rodovia. 

-Esse cara deve ser bem famoso por aqui – eu retruquei
-Lá em cima, quando você viu a placa do corte da pedra, qual era o nome que tinha lá??
-Não sei.
-Pedro Kuhnen, meu pai.

Meu queixo foi no chão. Simplesmente ficamos o resto da noite eu, ela, o marido dela bebendo cachaça (e licores) e conversando. Ela até me ofereceu uma janta, mas depois de eu contar um pouco da minha rotina eu vi que ela tinha tanta curiosidade de ver como eu cozinhava o meu macarrão que eu preferi fazer um macarrão na mesa do quintal dela. Tudo sobre os olhares dela e o marido não desgrudavam os olhos de cada tempero, vidro de azeite que eu tirava do alforge e de cada panela, talher, fogareiro e canivete que se desdobrava.

Terminei de cozinhar comi e já era tarde, eles foram dormir e eu fui tomar um banho para também dormir.

No dia seguinte saí por volta do almoço, me despedi e acho que após 2kms de ter saído do engenho, ainda numa descida na estrada de terra, por volta de 38km/h a roda da frente entrou em um morrinho de terra, perdeu o “grip” e saiu de lado. Eu tentei trazer o guidão de volta, mas o peso dos alforges da frente não me deram agilidade suficiente e eu trouxe demais. Fui sambando de um lado para outro umas 5 vezes, até que caí no meu lado esquerdo. 

Ralei todo o lombo esquerdo, da bunda ao ombro. E dilacerei o cotovelo e o punho. Verifiquei a bici, me verifiquei, limpei o ferimento com a água que eu tinha e continuei pela estrada de terra por 11kms até Grão Pará. Lá fui no posto de saúde, tirei uma foto do ferimento para acompanhar a cicatrização, fui atendido e parti para a próxima cidade. 700 metros a frente dalí eu vi uns muleks de uns 12 anos num quiosque de pastel com umas bikes muito pequenas e engraçadas, brinquei se trocavamos. Parei e subi em cima de uma. Eu parecia um macaquinho de circo em uma bike micro. Decidi tirar uma foto. Foi quando me dei conta que não estava mais com a câmera. Já digo na sequencia que acho EXPRESSAMENTE impossível de qualquer pessoa daquele posto de saúde ter me levado a câmera. Acho que não guardei direito, deixei em cima do caixote traseiro solta e ela caiu nesses 700 metros. Alguém deve ter achado e pego. Quando eu reparei que estava sem a câmera, eu fiz o caminho de volta, olhei em baixo de todos os carros e perguntei para todas as pessoas na rua. Tudo isso em vinte minutos. Foi muito rápido. Me senti muito mal, dei uma geral na bici ali, no meio da rua, chorando desesperado. Inclusive eu que estava partindo naquele momento decidi arrumar algum lugar para passar a noite na cidade. Achei uma madeireira para dormir e, assim quem sabe procurar, ou ser procurado para entregarem a câmera. Nada feito. Até o dono do posto ligou para o locutor da rádio local para avisar os ouvintes durante a programação.

Dormi na madeireira, em cima duma mesa por causa da poeira. Ao lado de um cavalo. Num poeiral sinistro. Mas tava bom. Estava abrigado, longe da rua e minhas coisas em segurança.

Dia seguinte eu acordei e fui embora. Detalhe, não tinha sinal da tim desde de a saída de Urubici até esse ponto.

Segui viagem até São Ludgero. Lá, eu estava muito cansado e muito bolado (ainda to) com a perda da câmera, a queda e todo o pacote de Batismo de Fogo que eu havia passado nas ultimas 24hs. Continuei meu caminho e reparei na beira rodovia havia umas cadeiras. Como se fosse umas cadeiras de madeira de um telhado, sem muro, um quioscão. Era uma capela de nossa senhora. Já estava chovendo muito a algumas horas, e eu pensei em ficar por ali. Cheguei lá e procurei o zelador dela, que mora numa vila logo atras e pedi pra dormir lá, na capela na beira da rodovia. Armei meu saco de dormir, na frente mesmo do altar e deitei.
Toda hora (durante toda a madrugada inclusive) chegava alguém pra ascender uma vela e rezar, a luz ficava acesa e todo mundo me via, via a bici e minhas tralhas. Até os caminhões e carros que passavam na rodovia conseguiam me ver. Foi uma paranóia, eu estava coberto, salvo da chuva mas não tinha banheiro, tava na beira da pista e não tava me sentindo seguro.

Depois que eu mudei de caminho, em direção a Criciúma, as cidades foram crescendo, se tornando mais industrializadas e eu não sentia a segurança que tinha na região serrana. Tudo mais hostil.

O dia amanheceu e nada aconteceu. Peguei minhas coisas e segui em frente. Mais uma subida até Orleans e passei pelo portal de entrada da cidade. Foi a primeira cidade que eu passei e não fiquei, sequer entrei. Uma sensação estranha de estar deixando alguma oportunidade pra trás. Mas eu num tava numa vibe boa e continuei, só queria tocar pra frente, mais e mais. Parei num posto para comer meu almoço: dois sanduiches de creme de avelã e cacau com banana, uma tangerina, um punhado de castanha do pará, de cajú, uva passas e meio litro de água de coco. Conheci dois motociclistas (um em uma BMW e outro em XT600) que haviam feito o mesmo caminho que eu e logo vieram os elogios.

-Nossa! Você é sinistro! - um disse
-Puta que pariu! E ainda mais com esse peso todo – disse o outro

Um deles mora em Torres, divisa de SC com RS e ofereceu pouso se eu passar por lá.

Insight: Eu acho que não melhor presente, oferta nem nada melhor que saber que em certo lugar você terá um banho quente, uma possibilidade de dormir sem chuva, em segurança, podendo lavar suas roupas e dar uma geral nas coisas.

Eles seguiram o caminho deles e eu segui o meu. Cheguei no mesmo dia em Urussanga e vi um quartel dos bombeiros. Lembrei dos bombeiros que me acolheram em Bom Retiro (to devendo essa parte da trip, um dia eu conto) e pedi pouso pra eles. Como sempre, falam com o cabo, que fala com o soldado, que fala com o sargento, que fala com comandante e, claro, nem todos estão no quartel. Um deles, antes de obter a resposta do comandante se eu podia ficar lá, me ofereceu um pouco do almoço deles, uma costelinha incrível com maionese e purê de aipim. Então depois de uma espera, consegui arrumar um lugar para ficar. Dei uma geral na bici, tomei um banho e lhes escrevo isso agora.


Alerta:
Entendam que eu estou na estrada, e todas as informações que eu escuto são dos populares. Não tive tempo e provavelmente não irei confirmar cada um desses dados e histórias que escutei e estou retransmitindo aqui.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Um dia para se esquecer

Não basta cair e se ralar todo. Tem que que perder a câmera com 15Gb de fotos vídeos, sonhos e ainda ver um cachorro ser atropelado e agonizar. Tive que sacrificar com as minhas próprias mãos pra minimizar a dor dele.
Estou postando do celular, com uma internet de uma loja que eu to roubando...
Foda, to perdido...i

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Urubici

Antes de mais nada:
Tenho curtido muito, toda as vezes que eu acho uma intenet e consigo ver todas as mensagens de apoio de vocês. Quando eu vejo cada clicada de curtir que vocês têm dado. Muito bom receber isso de vocês!!

Senta que la vem a história....

No mesmo dia que eu saí de Bom Retiro eu cheguei em Urubici. Até tinha pensado em dormir na estrada devido ao grande número de subidas no caminho, mas consegui fazer tudo de uma vez só. Mesmo nas piores partes eu não hesitei em parar e empurrar a bike.

Já na entrada do centro da cidade, parei para pedir uma informação na Serra Sul Ecoturismo, onde eu conheci o Zé e a Débora. Que além de me darem as dicas para conhecer a região, ofereceram um espaço na casa deles para eu ficar. Muito bom encontrar mais uma vez gente que acreditam no sonho! Valeu mesmo Zé e Débora!

Serra Sul Ecoturismo

Um lugar com banheiro e chuveiro quente. E com bastante tranquilidade para ficar por um período longo.
Já montei a minha comunidade


Como todas as cidades de interior que eu já passei, Urubici também é muito bonita, tranquila e detentora de um povo educado. Mas ela tem um diferencial que é a localização próxima as montanhas que a coloca no caminho da neve.

Estou aqui a 3 dias. Tirei dias para descansar, mas também fui a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e dois dias depois da Gruta, fui até o Morro da Igreja, o segundo maior cume do estado de Santa Catarina com 1822 metros.
Gruta Nossa Senhora de Lourdes




Pedra Furada

Acima, todas no Morro da Igreja

Nesse meio tempo, fiz uma doação e enviei para casa 3,2kg que não estava usando. Uma delas foi a sapatilha da bike. Decidi trocar o sistema de sapatilha com taco e pedal clipless, por um pedal comum com Power Grips. Desse jeito eu eu posso continuar com os pés firmes (algo essencial com uma bike de carga), porém posso também utilizar com a minha Teva. Enviei também minha cafeteira italiana, a troquei por um coador de pano (hehehehe). Nesse período eu adquiri coisas também. Uma delas é uma bolsa de água quente para fazer compressa antes de dormir.

Em falar em compressa, as costas ainda estão doendo, eu tenho cuidado um pouco dela. Tenho prestado atenção quando dói e tenho pego leve com ela.


Pretendo sair na quinta feira em direção a São Joaquim.


Grande abraço

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

De volta a estrada

Local de postagem: Florianópolis-SC

Em primeiro lugar queria pedir desculpas a todos que vieram no blog nessa última semana e não viram nenhuma atualização.

Depois de lesionar a lombar (e um pouco da dorsal esquerda), me sugeriram uma semana de repouso sem movimentação, fazendo compressa e a base de remédios. Eu normalmente não uso remédio. Mas como se trata de um sonho interrompido, e se tratava de uma última opção afinal, eu decidi seguir as orientações médicas. Remédio e repouso.

Em Bom Retiro, o Gilson que é um bombeiro local e, um cara excepcional cedeu a chave da casa dele e disse que eu poderia ficar o quanto tempo eu quiser por lá para me recuperar. E assim fiquei por lá 2 dias. Como o feriado da proclamação da República estava chegando e eu sabia que o meu irmão que mora em Brasília viria para Santa Catarina, eu pensei que eu poderia passar o restante da minha recuperação na casa dos meus pais, junto com o meu irmão e minha família. Novamente, o Gilson se ofereceu para guardar toda o meu equipamento junto com a minha bicicleta enquanto eu voltaria para Florianópolis.

Em Floripa, muito descanso, medicação e boa vida com a família. Mas a vontade de voltar para estrada não saia da cabeça. As costas agora estão 70%. Cá entre nós, ela nunca foi 100% depois de uma fatídica noite de São João em 2008 quando eu sob efeito de álcool dançando, tentei erguer uma amiga em uma festa junina e comecei toda essa lambança com as minhas costas.
Nota: essa amiga não estava acima do peso (a quem isso importa, porque eu estou falando isso?). Muito pelo contrário, ela estava em dia com os padrões anoréxicos da sociedade moderna.

Agora, eu estou indo pegar um ônibus de Floripa para Bom Retiro. Durmo lá e saio amanhã de manhã rumo a São Joaquim.
Muita coisa passa pela cabeça da gente nessa hora e, eu queria ser capaz de organizar e tampouco compartilhar isso com vocês. É muito difícil fazer os vídeos: filmar, editar, seguir um roteiro que eu não escrevi e disponibilizar na internet. Com o tempo eu estou pegando "as manhas" de saber o que filmar e acredito que isso vai contribuir com mais vídeos.

Bom, o que importa é que eu to voltando pra casa. Sim, minha itinerante casa....

Now Playing: http://grooveshark.com/s/Do+You+Ever+Feel+Cursed/enNas?src=5

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A grande ladeira

Local de postagem: Bom Retiro - SC

Parti tarde de Rancho Queimado, as 14hs, com direção a Alfredo Wagner. O Tempo estava babado, chovia a dois dias. Mas a previsão do tempo era de final da tarde sem chuva. Ou seja, no final do dia, mesmo que saia na chuva o que importava era que eu chegaria seco.

Muita subida, muita paisagem deslumbrante e, depois de 30 quilômetros ininterruptos de subida, veio a primeira descida. E eu posso dizer que foi incrível a sensação de ver aquela placa e de descer aqueles 4kms (logo após seguidos de mais 9kms) de pura descida. A carga da bici a faz descer como um trem. Uma boa pitada de adrenalina ao prazer. 

clique para ampliar

Foi a primeira chuva, nada molhou, a roupa se comportou muito bem e a lente da câmera embaçava pela quantidade de umidade, mas nada demais.



 Marco de 1000 metros na Serra Catarinense


Cheguei no final da tarde em Alfredo Wagner. O tempo fechado fazia parecer noite. Logo na entrada tinha um hotel e, como eu precisava de internet para me comunicar, editar e subir uns vídeos, fui conferir o preço. O moço da recepção, que era dono do hotel, que por sinal é um hotel bem grande, foi muito simpático. Fechamos um esquema e então fui subir minhas coisas até o meu quarto no 3 andar pelos próximos dois dias.

Eu ja tenho um histórico de dores nas costas que estava controlada. Mas eu fui displicente e subi toda a minha bagagem de forma não adequada e na hora ja senti as dores, mas achei que seriam passageiras.

Na mesma noite, eu estava sem saco para cozinhar e me dei o luxo de comer alguma coisa fora. Lógico que também conversei com o dono do restaurante pra fazer uma condição bacana pra mim.

No hotel, aproveitei pra lavar umas roupas, passar umas fotos para o computador, dar um trato nos equipamentos e descansar. Os dois dias passaram voando, e eu ja estava na minha hora de partir rumo ao meu próximo destino. Bom Retiro - SC.

De novo, quando eu estava saindo do hotel, descendo a carga até o andar térreo, eu senti mais dores nas costas e dessa vez me deixaram preocupado pela intensidade. Eu tinha que seguir em frente....


... a continuação, no próximo capítulo...


Vejam o vídeo desse trecho!






sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A grande colina

Local de postagem: Rancho Queimado.

Cheguei a dois dias em Rancho Queimado. A subida foi bem puxada, as pernas reclamaram, mas a cabeça estava boa e eu consegui tranquilamente seguir em frente.
.
Na cidade, que é muito pequena e bonita, fui ao mercadinho para comprei uns ingredientes para fazer um almoço/janta, sabonete, granola e etc...

Centro e prefeitura da cidade. A cidade inteira em uma única praça

Na sequência já fui resolver meu problema de moradia. Consegui descolar um lugar incrível atrás do apoio ao turista. Só não sabia se a água da uma torneira disponível era potável. Vou ter que filtrá-la, na dúvida.



preparando o macarrão com calabresa

No dia seguinte, fui comprar mantimentos para seguir para a cidade de Alfredo Wagner. Como o trecho ainda tinha muita subida, eu queria levar comida extra para se caso eu dormir no meio do caminho.
Ao chegar no centro, o mercado e tudo estava fechado.... A cidade estava deserta. Era feriado municipal. A chuva começou a apertar e eu estava em uma roubada.....

Tive que voltar para o "acampamento" e esperar o dia seguinte. Li um livro, fiz um chimarrão, esperei o tempo passar, mas a chuva só apertava.

Então surgiu a ideia de pegar o notebook para fazer algum vídeo sobre o último dia. Confira o resumo da saída de Santo Amaro da Imperatriz até Rancho Queimado.





Já era tarde e fui dormir, o dia seguinte seria longo e molhado...


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Modo Cruzeiro

Local da postagem: Santo Amaro da Imperatriz (Caldas Mornas) – SC

Estou completando 6 dias aqui em Caldas Mornas e, isso não estava no previsto. A idéia era dicar no máx 2 porém, quando pretendia ir embora tive uma infeliz (porém já superada tristeza). Meu alforge dianteiro rasgou. Um rasgo que ja tinha ocorrido em fase de teste que eu achei que não poderia ocorrer novamente. A localização do alforge dianteiro muito baixo o faz entrar em contato com o meio fio da rua e isso estava rasgando-o.

estava arrumando as coisas para partir, quando descobri o problema


rasgo enorme



Reposicionei o bagageiro e fiz um reforço com o material de reforço para botes de rafting (sim, estava na hora certa no local certo) e o processo de aplicação e secagem ao todo me roubou 3 dias.

após um talento com a ajuda do Koli


Problemas a parte, esses 6 dias aqui na TDA foi muito bom para a viagem. Conheci  uma galera muito gente boa, conheci mais do esporte rafting e acredito que fechei um primeiro ciclo. Aqui, eu atualizei o blog, "revelei" as fotos, lavei minhas roupas, dei uma geral na bicicleta, fiz compras, fiz minhas comida, carreguei pilhas, fiz a barba e reparei equipamentos em perrengue, tudo o que chamo de ciclo. Ciclo que se completa e abre o modo cruzeiro da viagem onde você só depende de informações, pessoas, comida e uma boa noite de sono.


Também fomos uma tarde de carro até a Guarda do Embaú tomar uma cerveja, dar uma volta. Outro dia fizemos umas pizzas. Foram uns dias bem legais
atalho pela ponte até a Guarda

peixaria tradicional

peixaria tradicional

amiguinho da Guarda



Como eu ja disse, o tempo previsto para ficar aqui foi estendido por força maior. Eu geralmente prefiro sair cedo e deixar um gosto de quero mais do que ficar mais do que o tempo previsto e azedar. Então, com a primeira missão cumprida e equipamento pronto. Amanhã parto para Rancho Queimado e não sei quando vou ter acesso a internet novamente.



Um abraço pra vocês!!

domingo, 4 de novembro de 2012

Insight

Eu não queria estar na pele de São Pedro:

-Os escaladores de um lado implorando por dias de sol;

-E os rafteiro por outro lado,  clamando por dias de chuva.

Boa sorte!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Primeiro Contato


Local no momento da postagem: Caldas Mornas – SC (Santo Amaro da Imperatriz)

É a primeira vez que eu to acessando a internet após ter saído da ilha.

Saí de casa no dia 28 (domingo) após a votação e desci até a Universidade assistir o UFSCtock e encontrar com o Léo que foi o meu primeiro hospedeiro! A hora período eu estava me acostumando com o peso da bike. Fiquei um dia pela casa dele descansando e depois fui até o continente encontrar com a Tati e ajudá-la na mudança. A Tati me recebeu super bem e sempre apoiou a minha ideia, fiquei um dia a mais com ela e parti no dia 1º de novembro (quinta-feira) em direção a Santo Amaro da Imperatriz, um lugar que não conhecia. Era o primeiro dia de viagem rumo ao desconhecido e eu só tinha um nome e uma referência de um Couchsurfing. O Bruno. Eu sabia que ele trabalhava com caiaque porque vi umas fotos dele sempre em corredeiras no facebook.

Léo e seu banquete

Atravessando da ilha para o continente

Festival de pizza de frigideira na Tati
A bici e os caixotes da Tati


Saindo do continente o transito estava muito tenso devido a véspera de feriado. E quando saí da BR-101 e entrei na SC-282, pista simples, a coisa já foi ficando mais agradável. Um ambiente menos industrial, menos movimentado que a BR-101.

SC-282 a caminho de Santo Amaro da Imperatriz


Fui curtindo o visual, sem saber ao certo se o Bruno estaria em casa ou sequer onde eu dormiria aquela noite. insight: Eu estou começando a achar que cada dia termina de uma forma que eu nem cogito inicialmente. Quando eu mandei o e-mail pra o Bruno, eu tinha dito que chegaria um dia antes. Então eu tinha medo de ele ter achado que eu tinha desistido, ou furado com ele. Parei em um posto e tentei ligar para o Bruno, mas ele não atendeu. Me bateu um frio na barriga, achei que não iria conseguir falar com ele. Mas continuei a pedalar. Passei a entrada de Santo Amaro da Imperatriz, comprei umas frutas e pão para jantar e ter um lastro de comida para emergência para acampar e continuei sentido Caldas Mornas. Entrei em Caldas e vi uma agência de Rafting e esportes de aventura chamada TDA Rafting e resolvi parar para pedir informação. Quem me recebeu foi o Keko, genteboníssima que me ofereceu o hostel dele ao lado para eu ficar!! Um local com quarto, cama, chuveiro quente, cozinha da melhor qualidade! E de quebra ainda me ofereceu um rolé no dia seguinte de Rafting! Eu fiquei super agradecido e propus a ele que daria uma geral e organizaria o hostel dele. Varri, limpei os banheiros e o chão da cozinha para retribuição. Nada mais justo. O Bruno me ligou, e disse que estava trabalhando nas corredeiras e não tinha visto a ligação. Ele ficou confortável quando eu disse pra ele que estava acolhido e combinamos de nos encontrar por Caldas. Dei uma geralzinha na casa, fiz uma salada de fruta e capotei para acordar cedo e descer o rio. 




Hostel por dentro

Dando uma geral no hostel


Acordei cedo de manhã, fiz um sanduíche e um café e subi para a TDA. Já tinha uma galera que vieram de Laguna-SC e fechamos dois botes! O rio não estava cheio, mas o passeio é bem longo e dá pra curtir muito de qualquer jeito. Tem muitos drops alucinantes cheio de adrenalina, também tem partes tranquilas para descansar e muito banho. Um passeio de quase 2h que passa em um piscar de olhos! O guia do nosso barco era o Danilo, um chileno com bastante experiência em rafting que passou a instruções e foi muito gente boa.

Se ligue nas fotos e veja o vídeo!




Voltando



Terminado o rafting, voltamos à sede da TDA e bati um rango de R$9,90 ao lado que era muito bom e agora estou lhes escrevendo isso!

O escritório de onde escrevo agora é:

TDA Rafting

TDA Rafting



Mais uma vez: Obrigado pelo Apoio TDA Rafting!!



1º Dia - Domingo 28 outubro
Saída: Norte da Ilha Floripa
Chegada: Floripa Centro (Córrego Grande)
Distância: 37.35 km
Tempo de percurso: 3h 44min 18seg
Média: 10km/h
Máx: 56.26km/h

2º Dia – Segunda-feira 29 outubro
Sem pedal

3º Dia – Terça-feira 30 outubro
Saída: Centro da Ilha Floripa
Chegada: São José - SC
Distância: 17.98 km
Tempo de percurso: 1h 38min 17seg
Média: 10.97km/h
Máx: 39.14km/h

4º Dia – Quarta-feira 31 outubro
Sem Pedal

5º Dia – Quinta feira 1 novembro
Saída: São José (Floripa Continente)- SC
Chegada: Caldas Mornas (Santo Amaro da Imperatriz) – SC
Distância: 30.26 km
Tempo de percurso: 2h 12min 28seg
Média: 13.7km/h
Máx: 48..36km/h

6º Dia – Sexta-feira 2 novembro (feriado)
Sem Pedal

domingo, 28 de outubro de 2012

Foi dada a largada!

Local: Ingleses - Florianópolis

Estou partindo hoje, do norte da ilha de Florianópolis, rumo sul com destino Caxias do Sul.
Veja a rota e a altimetria: http://ridewithgps.com/routes/1846816

É um caminho longo e gostaria de chegar lá no dia 2 de novembro para encontrar com o Mendezzz, o Cainã e a Bábi para escalar com eles.
Mas vai ser uma tarefa quase impossível dado os 470 kms de distância, 10km de elevação total de percurso (veja a altimetria no link da rota acima) e o peso do equipamento que estimo em uns 50kg (ainda não pesei).

Nos primeiros dias, enquanto ainda estiver em região urbana, vou tentar ficar em casas de amigos e comer em estabelecimentos ao invés de cozinhar minha própria comida, acampar ou bivacar (dormir ao relento, veja o exemplo). Tudo isso para me acondicionar gradualmente com a rotina, e também acondicionar gradualmente com a dieta da viagem. Começarei aos poucos a acampar (e bivacar) a medida que estiver na serra catarinense e consequentemente a fazer minha própria comida.

Os primeiros kms são os mais críticos: zona urbana e equipamentos ainda em fase de ajuste. Mesmo que já tenham sido utilizados em outras ocasiões, essa é a primeira vez que os equipamentos estão socados em alforges e bageiros. Acessar um item, utilizá-lo e guardá-lo é uma proficiência quase artística. As zonas de capitais e entorno são as regiões com os maiores índices de pessoas intolerantes com cicloviajantes, por isso que após entrar na SC-282 estimo que a viagem se tranquilizará e entrará em modo cruzeiro.

Um abraço pra galera de Curitiba, Brasília, Floripa, Niterói, Berlim e Wellington!!!



Now playing: Goldfish - Call me

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Equipamento

Abaixo a lista de equipamento selecionado para expedição com a consultoria dos colegas da Loja Campo Base.


 
 Ginásio -  (41) 3093-5093 / Loja - (41) 3013-0897





segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Contagem Regressiva!

Finalmente está tudo pronto!

A bicicleta está toda montada. Manutenção foi feita, burocracias em dia e agora só falta um compromisso no dia 15 em Curitiba!

Abaixo as fotos da bicicleta montada. Amanhã eu vou desmontar tudo e fazer um levantamento dp checklist dos equipamentos para compartilhar com vocês antes do final de semana.


domingo, 30 de setembro de 2012

Ajustes na bike


Fiz uns pequenos ajustes na bike. Dentre eles:


Conduíte inteiriço, para isso, usei uma furadeira e micro retífica para expandir o buraco. Desta forma, o cabo fica menos exposto e perde menos lubrificação. Facilitando troca de marchas adequadas por mais tempo.